PEGASYS®
(PEGINTERFERON ALFA- 2A 40 KD)
Agente antiviral

PEGASYS - Identificação do produto
Nome do produto: Pegasys ®
Nome genérico: Peginterferon alfa- 2a
Forma farmacêutica e apresentação:
Frasco- ampola contendo 180 m g (microgramas) de peginterferon alfa-2a em 1 ml: caixas com 1 frasco-ampola.
USO ADULTO

PEGASYS - Composição
Ingrediente ativo: Cada frasco- ampola contém 180 m g (microgramas) de peginterferon alfa-2a em 1 ml.
Excipientes: Cloreto de sódio, polissorbato 80, álcool benzílico, acetato de sódio, ácido acético, água para injeção.
Cuidados de armazenamento
O produto deve ser mantido entre 2 e 8ºC (em geladeira), não podendo ser congelado. Deve ser protegido da luz.
Prazo de validade
Este medicamento possui prazo de validade a partir da data de fabricação (vide embalagem externa do produto). Não tome o medicamento após a data de validade indicada na embalagem; pode ser prejudicial à saúde.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
NÃO TOME REMÉDIO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO. PODE SER PERIGOSO PARA A SAÚDE.

PEGASYS - Informação Técnica
Propriedades e efeitos
Geral
A conjugação do reagente PEG (bis- monometoxipolietilenoglicol) com interferon alfa-2a forma um interferon alfa-2a peguilado. O interferon alfa-2a é produzido através de um processo biossintético usando tecnologia de DNA recombinante, sendo o produto de um gene de interferon de leucócito humano clonado inserido e expressado em E. coli. A estrutura da molécula do PEG afeta diretamente a farmacologia clínica do Pegasys (Peginterferon alfa-2a). Especificamente, o tamanho e ramificação da molécula de PEG de 40 kDa define as características de absorção, distribuição e eliminação de Pegasys (Peginterferon alfa-2a).
Mecanismo de ação
Os interferons efetuam sua ligação aos receptores específicos sobre a superfície da célula, iniciando um caminho complexo de sinalização intracelular e rápida ativação da transcrição do gene. Os genes estimulados pelo interferon modulam muitos efeitos biológicos, incluindo a inibição da replicação viral em células infectadas, inibição da proliferação celular e imunomodulação.
Eficácia
Os estudos clínicos demonstraram que Pegasys (Peginterferon alfa- 2a) é eficaz no tratamento de pacientes com hepatite crônica C, incluindo pacientes cirróticos com doença hepática compensada.
Descrições do estudo
Pacientes com cirrose: Pacientes adultos com hepatite crônica C compensada, HCV RNA detectável, diagnóstico histológico de cirrose ou transição para cirrose e previamente não tratados com terapia de interferon foram randomizados no estudo NV15495 e receberam tratamento com injeção de Roferon®- A (Interferon alfa-2a) 3 MUI, três vezes por semana (tiw), injeção de Pegasys (Peginterferon alfa-2a) 90 m g uma vez por semana (qw) ou injeção de Pegasys (Peginterferon alfa-2a)180 m g qw por 48 semanas de terapia seguidas de 6 meses de acompanhamento sem tratamento. O estudo incluiu 271 pacientes cujas características na linha basal foram 72% homens, 88% caucasianos, 78% com cirrose e 21% em transição para cirrose, e 56% portadores de genótipo 1.
Pacientes com ou sem cirrose: Pacientes adultos com hepatite crônica C compensada, ALT aumentada, anticorpos para VHC, HCV RNA detectável e não tratados anteriormente com terapia de interferon foram incluídos em dois estudos, NV15496 e NV15497.
No estudo NV15496, os pacientes foram randomizados para receber tratamento com injeção de Roferon®- A (Interferon alfa-2a) 3 MUI, três vezes por semana, injeção de Pegasys (Peginterferon alfa-2a)135 m g uma por semana ou injeção de Pegasys (Peginterferon alfa-2a) 180 m g uma vez por semana durante 48 semanas de terapia seguidas de 6 meses de acompanhamento sem tratamento. O estudo incluiu 639 pacientes cujas características na linha basal foram 68% homens, 86% caucasianos, 18% com cirrose ou transição para cirrose, classificação média de Knodell HAI (Índice de Atividade Histológica) de 9 e 66% portadores de genótipo 1.
No estudo NV 15497, os pacientes foram randomizados para receber tratamento com Roferon®- A (Interferon alfa-2a) 6 MUI, três vezes por semana por 12 semanas seguido de 3 MUI, três vezes por semana, durante 36 semanas ou injeção de Pegasys (Peginterferon alfa-2a)180 m g, uma vez por semana, durante 48 semanas, ambos os braços seguidos de 6 meses de acompanhamento sem tratamento. O estudo incluiu 531 pacientes cujas características na linha basal foram 67% homens, 85% caucasianos, 13% com cirrose ou transição para cirrose, classificação média de Knodell HAI (Índice de Atividade Histológica) de 9 e 62% portadores de genótipo 1.
As respostas virológica e histológica de Pegasys (Peginterferon alfa- 2a) 180 m g e os braços de comparação encontram-se resumidos nas Tabelas 1 e 2.
Características químicas e farmacológicas
Propriedades farmacodinâmicas
Em indivíduos saudáveis, o rápido aumento da atividade do 2', 5'- oligoadenilato sintetase (2', 5', -OAS), um marcador de atividade antiviral, ocorreu aproximadamente após 3 a 6 horas da injeção subcutânea única de Pegasys (Peginterferon alfa-2a). A atividade sérica da 2', 5'-OAS induzida pelo Pegasys (Peginterferon alfa-2a) foi mantida durante mais de 1 semana e foi maior do que aquela observada após injeções subcutâneas únicas de interferon 3 MUI e 18 MUI. A magnitude e duração da atividade da 2', 5'-OAS induzida por Pegasys (Peginterferon alfa-2a) após a injeção subcutânea única de 180 m g de Pegasys (Peginterferon alfa-2a) foi reduzida em indivíduos maiores de 62 anos de idade comparado com indivíduos saudáveis jovens.
Propriedades farmacocinéticas
A farmacocinética de Pegasys (Peginterferon alfa- 2a) foi estudada em voluntários saudáveis e em pacientes infectados com o vírus da hepatite C.
Absorção
Após a injeção subcutânea única de 180 m g de Pegasys (Peginterferon alfa- 2a) em indivíduos saudáveis, as concentrações séricas de Pegasys (Peginterferon alfa-2a) eram mensuráveis dentro de 3 a 6 horas. Dentro de 24 a 48 horas, é alcançado 80% do pico da concentração sérica. A absorção de Pegasys (Peginterferon alfa-2a) é contínua, com pico de concentração sérica de Pegasys (Peginterferon alfa-2a) alcançada entre 72 e 96 horas após a dosagem. A biodisponibilidade absoluta de Pegasys (Peginterferon alfa-2a) é de 84%, sendo semelhante àquela observada com interferon alfa-2a.
Distribuição
Pegasys (Peginterferon alfa- 2a) é encontrado predominantemente no fluxo sangüíneo e no fluido extracelular. O volume de distribuição em estado de equilíbrio dinâmico (Vss) é de 6 a 14 litros em humanos, após a administração intravenosa.
A partir do balanço de massa, os estudos de distribuição tecidual e por autoradioluminografia de corpo inteiro realizados em ratos demonstraram que Pegasys (Peginterferon alfa-2a) é distribuído para o fígado, rins e medula óssea, além de estar altamente concentrado no sangue. Após doses intravenosas únicas de Pegasys (Peginterferon alfa-2a) radiomarcado, não foi detectado material radiomarcado no cérebro.
Metabolismo
O metabolismo é a principal via de eliminação de Pegasys (Peginterferon alfa- 2a) intacto. O perfil metabólico de Pegasys (Peginterferon alfa-2a) não está totalmente caracterizado; porém, os estudos em ratos indicam que os rins são o principal órgão de excreção de material radiomarcado ou de produtos metabólicos de Pegasys (Peginterferon alfa-2a).
Eliminação
A depuração sistêmica de Pegasys (Peginterferon alfa- 2a) em humanos é de aproximadamente 100 ml/h, que é 100 vezes menor do que aquele observado com interferon alfa-2a nativo. Após a administração intravenosa, a meia-vida terminal de Pegasys (Peginterferon alfa-2a) é de aproximadamente 60 horas comparada com os valores de 3 a 4 horas do interferon padrão. A meia-vida terminal após a administração subcutânea é maior (aproximadamente 80 horas, variando de 50 a 140 horas na maioria dos pacientes). A meia-vida terminal determinada após a administração subcutânea pode não refletir a fase de eliminação do composto, mas pode estar refletindo a absorção contínua de Pegasys (Peginterferon alfa-2a).
Aumentos proporcionais à dose na exposição ao Pegasys (Peginterferon alfa- 2a) foram observados em indivíduos saudáveis e em pacientes com hepatite crônica C após a dosagem uma vez por semana. Os parâmetros farmacocinéticos de Pegasys (Peginterferon alfa-2a) encontram-se na Tabela 3 para indivíduos saudáveis recebendo injeção subcutânea única de 180 m g de Pegasys (Peginterferon alfa-2a) e para pacientes com hepatite crônica C recebendo 48 semanas de Pegasys (Peginterferon alfa-2a) 180 m g uma vez por semana.

PEGASYS - Indicações
Pegasys (Peginterferon alfa- 2a) é indicado para o tratamento de hepatite crônica C em:
_ pacientes não cirróticos;
_ pacientes cirróticos com doença hepática compensada.

PEGASYS - Contra-indicações
Pegasys (Peginterferon alfa- 2a) está contra-indicado em pacientes com hipersensibilidade conhecida aos interferons alfa, produtos derivados de E. coli, ao polietilenoglicol ou a qualquer componente do produto. Pegasys (Peginterferon alfa-2a) está contra-indicado em pacientes com hepatite autoimune.

PEGASYS - Precauções e advertências
O tratamento com Pegasys (Peginterferon alfa- 2a) deve ser administrado sob a supervisão de um médico qualificado, pois poderá causar reações adversas de moderadas a graves, requerendo redução de dose, interrupção temporária de dose ou descontinuação da terapia adicional.
Pode ocorrer manifestação de reações adversas psiquiátricas graves em pacientes recebendo terapias com interferons, incluindo Pegasys (Peginterferon alfa-2a). Pode ocorrer depressão, pensamentos suicidas e tentativas de suicídio em pacientes com e sem doença psiquiátrica anterior. Pegasys (Peginterferon alfa-2a) deve ser usado com precaução em pacientes com relato de história de depressão e os médicos devem monitorar todos os pacientes quanto a evidências de depressão. Os médicos devem informar aos pacientes do possível desenvolvimento de depressão antes do início da terapia de Pegasys (Peginterferon alfa-2a) e os pacientes devem relatar qualquer sinal ou sintoma de depressão imediatamente. Deve ser procurada intervenção psiquiátrica e/ou deve ser considerada a descontinuação da terapia.
Os eventos cardiovasculares como hipertensão, arritmias supraventriculares, dor de peito e infarto do miocárdio foram associados às terapias com interferons, incluindo Pegasys (Peginterferon alfa- 2a). Portanto, Pegasys (Peginterferon alfa-2a) deve ser administrado com precaução em pacientes com doença cardíaca preexistente.
A segurança e eficácia do tratamento com Pegasys (Peginterferon alfa- 2a) não foi estabelecida em pacientes com doença hepática descompensada. Portanto, o tratamento de pacientes com doença hepática descompensada não é recomendado. Em pacientes que desenvolvem evidência de descompensação hepática durante o tratamento, deve ser descontinuado o tratamento com Pegasys (Peginterferon alfa-2a). De forma semelhante a outros interferons alfa, foram observados aumentos da ALT acima da linha basal em pacientes tratados com Pegasys (Peginterferon alfa-2a), incluindo pacientes com resposta virológica. Quando o aumento dos níveis da ALT é progressivo, a despeito da redução de dose, ou quando está acompanhado de aumento da bilirrubina, a terapia deve ser descontinuada.
De forma semelhante a outros interferons, devem ser adotadas precauções ao administrar Pegasys (Peginterferon alfa- 2a) em combinação com outros agentes potencialmente mielossupressores.
Pegasys (Peginterferon alfa-2a) deve ser usado com precaução em pacientes com contagens de neutrófilos na linha basal < 1500 células/mm3, com contagem de plaquetas na linha basal < 75.000 células/mm3 ou diminuição de hemoglobina < 10 g/dl.
Podem ocorrer reações anafiláticas após a administração de proteínas. Caso isto ocorra, a terapia deve ser descontinuada e deve ser instituída terapia clínica adequada imediatamente.
Este produto não está indicado para uso em neonatos e bebês e não deve ser usado por pacientes nesta faixa etária. Existem relatórios de mortes de neonatos e bebês associados à exposição excessiva ao álcool benzílico. A quantidade de álcool benzílico na qual podem ocorrer toxicidade ou efeitos adversos em neonatos ou bebês é desconhecida.
Foi relatada exacerbação de doença autoimune em pacientes recebendo terapia com alfa interferon; Pegasys (Peginterferon alfa- 2a) deve ser usado com precaução em pacientes com distúrbios autoimunes.
De forma semelhante ao constado com outros interferons, foi observada hipoglicemia e hiperglicemia em pacientes tratados com Pegasys (Peginterferon alfa-2a).
O uso de alfa interferons foi associado com exacerbação da psoríase. Pegasys (Peginterferon alfa- 2a) deve ser usado com precaução em pacientes com psoríase e, em caso de aparecimento ou agravamento de lesões psoriáticas, deve ser considerada a descontinuação da terapia.
De forma semelhante ao constatado com outros alfa interferons, foram relatados sintomas pulmonares, incluindo dispnéia, infiltrações pulmonares, pneumonia e pneumonite, inclusive fatalidade, durante terapia com Pegasys (Peginterferon alfa-2a). Em caso de evidência de infiltrações pulmonares persistentes ou inexplicadas ou insuficiência da função pulmonar, o tratamento deve ser descontinuado.
Distúrbios oftalmológicos, inclusive hemorragias da retina, manchas turvas e obstrução da veia ou artéria da retina, foram relatados em episódios raros após tratamento com alfa interferons. Qualquer paciente reclamando de perda de acuidade visual ou do campo visual deve ser submetido a exame oftalmológico.
Testes laboratoriais
Antes de iniciar a terapia de Pegasys (Peginterferon alfa- 2a), recomenda-se realizar testes laboratoriais hematológicos e bioquímicos padrão para todos os pacientes. Após o início da terapia, devem ser realizados testes hematológicos a cada 2 semanas e os testes bioquímicos devem ser realizados a cada 4 semanas. Testes adicionais devem ser realizados periodicamente durante a terapia.
Os critérios de inclusão usados para os estudos clínicos de Pegasys (Peginterferon alfa-2a) podem ser considerados como diretriz para valores aceitáveis na linha basal, para início de tratamento:
Contagem de plaquetas ³ 90.000 células/mm3 (75.000 células/mm3 em pacientes com cirrose ou transição para cirrose);
Contagem absoluta de neutrófilos ³ 1500 células/mm3;
Concentração de creatinina sérica < 1,5 x limite superior da normalidade;
TSH e T4 dentro dos limites normais ou função da tiróide adequadamente controlada.
O tratamento de Pegasys (Peginterferon alfa- 2a) foi associado com diminuições tanto na contagem de leucócitos (WBC) como na CONTAGEM ABSOLUTA DE NEUTRÓFILOS, começando normalmente dentro das primeiras 2 semanas de tratamento (vide "Reações adversas"). Em estudos clínicos, as diminuições progressivas foram infreqüentes a partir daí.
Recomenda-se redução de dose quando a contagem absoluta de neutrófilos diminui para níveis inferiores a 750 células/mm3 (vide "Posologia"). Para pacientes com valores de contagem absoluta de neutrófilos inferiores a 500 células/mm3, o tratamento deve ser interrompido até que os valores da contagem absoluta de neutrófilos retornem para mais de 1000 células/mm3. Em estudos clínicos com Pegasys (Peginterferon alfa-2a), a diminuição da contagem absoluta de neutrófilos foi reversível após a redução de dose ou interrupção da terapia. Enquanto a febre pode ser associada com síndrome semelhante à gripe relatada geralmente durante a terapia de interferon, outras causas de febre persistente devem ser excluídas, especialmente em pacientes com neutropenia.
O tratamento com Pegasys (Peginterferon alfa- 2a) foi associado a diminuições na contagem de plaquetas, que retornaram aos níveis de pré-tratamento (linha basal), durante o período de observação pós-tratamento (vide "Reações adversas"). A redução de dose é recomendada quando as contagens de plaquetas diminuem para níveis inferiores a 50.000 células/mm3 e a interrupção da terapia é recomendada quando as contagens de plaquetas diminuem para níveis inferiores a 25.000 células/mm3.
A ocorrência de alterações da função da tiróide ou agravamento de distúrbios preexistentes da tiróide foram relatados com o uso de alfa interferons, inclusive Pegasys (Peginterferon alfa-2a). A descontinuação da terapia deve ser considerada em pacientes cujas alterações da tiróide não podem ser tratadas adequadamente.
Triglicérides
De forma similar ao constatado com outros alfa interferons, alguns pacientes apresentaram elevações significativas de triglicérides séricos durante a terapia com Pegasys (Peginterferon alfa- 2a). Intervenções na dieta ou terapêuticas, baseadas nos valores em jejum, devem preceder o ajuste de dose. As elevações de triglicérides séricos foram prontamente revertidas após a interrupção do tratamento.
Efeito sobre a habilidade de dirigir veículos e/ou operar máquinas
Os pacientes que desenvolvem vertigem, confusão, sonolência e fadiga devem ser alertados para evitar dirigir ou operar máquinas.
Gravidez e lactação
Pegasys (Peginterferon alfa- 2a) não foi estudado quanto a seu efeito sobre a fertilidade. De forma semelhante ao constatado com outros alfa interferons, a prolongação do ciclo menstrual acompanhada da diminuição e retardo do pico de 17b -estradiol e dos níveis de progesterona foram observados após a administração de peginterferon alfa-2a em macacos fêmeas. O retorno ao ritmo menstrual normal foi observado após a descontinuação do tratamento.
Peginterferon alfa-2a não teve seu efeito estudado sobre fertilidade masculina. Porém, o tratamento com interferon alfa-2a não afetou a fertilidade de macacos rhesus machos tratados durante 5 meses com doses superiores a 25 x 106 UI/kg/dia.
Pegasys (Peginterferon alfa- 2a) não teve seu efeito teratogênico estudado. O tratamento com interferon alfa-2a resultou no aumento estatisticamente significativo da atividade abortificante em macacos rhesus. Não foram observados efeitos teratogênicos em crias nascidas a termo. Porém, de forma semelhante ao constatado com outros alfa interferons, as mulheres potencialmente em idade fértil recebendo terapia com Pegasys (Peginterferon alfa-2a) devem ser aconselhadas a usar contracepção eficaz durante a terapia.
O uso seguro na gravidez humana não foi estabelecido. Portanto, Pegasys (Peginterferon alfa- 2a) deve ser usado durante a gravidez somente se o benefício potencial justificar o risco potencial para o feto.
Não é conhecido se Pegasys (Peginterferon alfa-2a) ou seus componentes são excretados no leite materno. Devido ao fato de muitas drogas serem excretadas no leite materno, devem ser adotadas precauções caso Pegasys (Peginterferon alfa-2a) seja administrado para uma mulher durante a lactação. O efeito de Pegasys (Peginterferon alfa-2a) ingerido por via oral junto com o leite materno sobre o lactente não foi avaliado.
Interações medicamentosas
Nenhuma interação farmacocinética entre Pegasys (Peginterferon alfa- 2a) e ribavirina foi observada nos estudos clínicos em andamento, nos quais Pegasys (Peginterferon alfa-2a) é usado em combinação com ribavirina.
Os alfa interferons podem afetar o processo metabólico oxidativo reduzindo a atividade das enzimas microssomais hepáticas do citocromo P450. Porém, a administração subcutânea de 180 m g de Pegasys (Peginterferon alfa- 2a) uma vez por semana durante 4 semanas para indivíduos masculinos saudáveis não apresentaram efeito sobre os perfis farmacocinéticos de mefenitoína, dapsona, debrisoquina e tolbutamida. Portanto, o tratamento com Pegasys (Peginterferon alfa-2a) não tem efeito sobre a atividade metabólica in vivo das isoenzimas do citocromo P450 3A4, 2C9, 2C19 e 2D6 em indivíduos masculinos saudáveis.
No mesmo estudo, foi observado aumento aproximado de 25% da AUC (área abaixo da curva) da teofilina (marcador da atividade do citocromo P450 1A2). Pegasys (Peginterferon alfa- 2a) é um inibidor modesto da atividade do citocromo P450 1A2. Devem ser monitoradas as concentrações séricas de teofilina e devem ser realizados ajustes de dose adequados de teofilina para pacientes que receberam teofilina e Pegasys (Peginterferon alfa-2a) concomitantemente.

PEGASYS - Reações adversas
As reações adversas observadas com outros alfa interferons podem ser esperadas com Pegasys (Peginterferon alfa- 2a).
Experiências de estudos clínicos
A freqüência e gravidade das reações adversas mais comumente relatadas são semelhantes em pacientes tratados com Pegasys (Peginterferon alfa- 2a) e interferon alfa-2a.
As reações adversas mais freqüentemente relatadas com Pegasys (Peginterferon alfa-2a) 180 m g foram principalmente leves a moderadas e foram tratáveis sem necessidade de modificação de dosagem ou descontinuação da terapia.
Em estudos clínicos, a incidência de retirada do tratamento para todos os pacientes devido a eventos adversos e alterações laboratoriais foi de 10% tanto para o interferon (IFN) quanto para Pegasys (Peginterferon alfa- 2a). Somente 2% dos pacientes requereram descontinuação da terapia de Pegasys (Peginterferon alfa-2a) por alterações laboratoriais. As taxas de retirada para pacientes com cirrose foram semelhantes àquelas da população global.
Mais de 1000 pacientes foram tratados com Pegasys (Peginterferon alfa- 2a) nos estudos clínicos. A Tabela 4 mostra as reações adversas que ocorrem em ³ 10% de pacientes recebendo Pegasys (Peginterferon alfa-2a) 180 m g (n = 604) versus o comparador (n = 584) em estudos clínicos.
As reações adversas relatadas em ³ 2%, porém em <10% com Pegasys (Peginterferon alfa- 2a) foram: astenia, letargia, dor torácica, síndrome gripal, mal-estar, rubores quentes, calafrios, insuficiência de memória, parestesia, distúrbio do paladar, fraqueza, hipoestesia, tremor, cãibra muscular, dor no pescoço, dermatite, sudorese aumentada, vermelhidão, pele seca, sudorese noturna, reação de fotossensibilidade, boca seca, sangramento da gengiva, ulceração de boca, ansiedade, alteração do humor, libido diminuída, nervosismo, agressão, diminuição de peso, tosse, dispnéia, garganta dolorida, nasofaringite, visão turva, inflamação de olho, hipotireoidismo, palpitações e rubores.
De forma semelhante ao constatado com outros interferons, foram relatados casos isolados dos seguintes eventos adversos em pacientes que receberam Pegasys (Peginterferon alfa-2a) durante os estudos clínicos: distúrbio hepático, fígado gorduroso, colangite, arritmia, distúrbio do comportamento incluindo pensamentos suicidas, comportamento suicida, suicídio, diabetes mellitus, fenômeno autoimune, neuropatia periférica, úlcera péptica, infecção, sangramento gastrintestinal, úlcera de córnea, endocardite, pneumonia, pneumonite intersticial com resultado fatal, embolia pulmonar, coma e superdosagem da substância. Adicionalmente, foram relatadas miosite e hemorragia cerebral em pacientes recebendo Pegasys (Peginterferon alfa-2a).
Hematologia
De forma semelhante ao constatado com outros interferons, o tratamento com Pegasys (Peginterferon alfa- 2a) 180 m g foi associado com diminuições dos valores hematológicos, os quais geralmente melhoraram com a modificação de dosagem e retorno aos níveis de pré-tratamento dentro de 4 a 8 semanas após a interrupção da terapia (vide "Precauções e advertências", "Testes laboratoriais" e "Posologia").
Hemoglobina e hematócrito
Embora o tratamento com Pegasys (Peginterferon alfa- 2a) 180 m g tenha sido associado com pequenas diminuições graduais da hemoglobina e hematócrito, menos que 1% de todos os pacientes, incluindo àqueles com cirroses, requereu modificação de dose para anemia.
Leucócitos (glóbulos brancos)
O tratamento com Pegasys (Peginterferon alfa- 2a) foi associado a diminuições dos valores tanto da contagem total de leucócitos como da contagem absoluta de neutrófilos. Aproximadamente 4% dos pacientes apresentaram diminuições temporárias da contagem absoluta de neutrófilos para níveis inferiores a 500 células/mm3 a qualquer tempo durante a terapia.
Contagem de plaquetas
O tratamento com Pegasys (Peginterferon alfa- 2a) foi associado com diminuições nos valores de contagens de plaquetas. Em estudos clínicos, aproximadamente 5% dos pacientes apresentaram diminuições das contagens de plaquetas para níveis inferiores a 50.000 células/mm3, principalmente em pacientes com cirrose e que foram incluídos no estudo com contagem de plaquetas na linha basal tão baixa quanto 75.000 células/mm3.
Função da tiróide
O tratamento com Pegasys (Peginterferon alfa- 2a) foi associado a anormalidades clinicamente significativas nos valores laboratoriais da tiróide requerendo intervenção clínica (vide "Precauções e advertências" e "Testes laboratoriais"). As freqüências observadas com Pegasys (Peginterferon alfa-2a) foram similares àquelas observadas com outros interferons.

PEGASYS - Posologia
Dosagem padrão
A dosagem recomendada de Pegasys (Peginterferon alfa- 2a) é de 180 m g uma vez por semana durante 48 semanas por administração subcutânea.
Instruções especiais de dosagem
Modificação de dose
Geral
Quando são requeridas modificações de dose por causa de reações adversas moderadas a graves (clínicas e/ou laboratoriais), geralmente é adequada a redução inicial de dose para 135 m g. Porém, em alguns casos, é necessário reduzir a dose para 90 m g ou 45 m g. Após a melhora da reação adversa, podem ser considerados aumentos de dose na tentativa de retornar- se à dose original.
Hematológico
Recomenda- se a redução de dose caso a contagem de neutrófilos seja inferior a 750 células/mm3. Para pacientes com valores de CONTAGEM ABSOLUTA DE NEUTRÓFILOS inferiores a 500 células/mm3, o tratamento deve ser suspenso até que os valores da contagem absoluta de neutrófilos retornem para mais de 1000 células/mm3. A terapia deve ser retomada inicialmente com Pegasys (Peginterferon alfa-2a) 90 m g, monitorando-se a contagem de neutrófilos.
Recomenda- se a redução de dose para 90 m g caso a contagem de plaquetas seja inferior a 50.000 células/mm3. A interrupção da terapia é recomendada quando a contagem de plaquetas diminui para níveis inferiores a 25.000 células/mm3.
Função hepática
As flutuações nas alterações dos testes de função hepática são freqüentes em pacientes com hepatite crônica C. Porém, de forma semelhante a outros alfa interferons, aumentos dos níveis de ALT acima da linha basal foram observados em pacientes tratados com Pegasys (Peginterferon alfa- 2a), inclusive em pacientes com resposta virológica. A dose deve ser reduzida inicialmente para 90 m g na presença de aumentos progressivos da ALT acima dos valores da linha basal. Quando os aumentos dos níveis da ALT são progressivos apesar da redução de dose ou estão acompanhados de bilirrubina aumentada ou evidência de descompensação hepática, a terapia deve ser descontinuada.
Populações especiais
Insuficiência renal
Não são requeridos ajustes especiais de dosagem em pacientes com disfunção renal.
Pegasys (Peginterferon alfa- 2a) não foi estudado em pacientes que requerem hemodiálise (vide "Precauções e advertências").
Insuficiência hepática
Não é requerida modificação de dosagem para pacientes com cirrose Classe A na classificação Child, com base nos dados de farmacocinética, tolerabilidade e segurança dos estudos clínicos.
Pegasys (Peginterferon alfa- 2a) não foi estudado em pacientes com doença hepática descompensada.
Uso pediátrico
Não foram estabelecidas a segurança e eficácia em pacientes com idade inferior a 18 anos. Adicionalmente, as soluções injetáveis de Pegasys (Peginterferon alfa- 2a) contém álcool benzílico. Portanto, Pegasys (Peginterferon alfa-2a) não deve ser usado em neonatos ou bebês.

PEGASYS - Superdosagem
Foram relatadas superdosagens com Pegasys (Peginterferon alfa- 2a) envolvendo pelo menos duas injeções em dias consecutivos (no lugar do intervalo semanal) até injeções diárias durante uma semana (i. é., 1260 m g/semana). Nenhum destes pacientes apresentaram eventos incomuns, sérios ou limitantes ao tratamento. Doses semanais de até 540 e 630 m g foram administradas em estudos clínicos para carcinoma de células renais e leucemia mielóide crônica, respectivamente. As toxicidades limitantes da dose foram fadiga, enzimas hepáticas elevadas e neutropenia, consistente com a terapia com interferon.
Pacientes idosos
Não são necessárias modificações especiais de dosagem para pacientes geriátricos, com base nos dados farmacocinéticos, farmacodinâmicos, de tolerabilidade e de segurança dos estudos clínicos.
ESTE PRODUTO É UM NOVO MEDICAMENTO E EMBORA AS PESQUISAS TENHAM INDICADO EFICÁCIA E SEGURANÇA, QUANDO CORRETAMENTE INDICADO, PODEM OCORRER REAÇÕES ADVERSAS IMPREVISÍVEIS, AINDA NÃO DESCRITAS OU CONHECIDAS. EM CASO DE SUSPEITA DE REAÇÃO ADVERSA, O MÉDICO RESPONSÁVEL DEVE SER NOTIFICADO.
USO RESTRITO A HOSPITAIS.